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A narrativa de "O Pescoço da Girafa" desenvolve-se como um estudo psicológico e filosófico, centrado na figura de Eugênio, um filósofo-psicopata cuja vida oscila entre reflexões existenciais profundas e atos de violência fria.
A obra explora questões como a dualidade entre vida e morte, a busca por sentido na existência, e a complexidade das relações humanas, particularmente através da conexão entre Eugênio e Fabíola.
A morte, um dos temas centrais, não é apenas abordada como um fim inevitável, mas também como um estado de transição ou mesmo de coexistência com a vida, refletindo a angústia existencial do protagonista.
Além disso, a narrativa discute a alienação, o isolamento social e os limites da racionalidade, colocando em foco a inadequação de Eugênio no mundo.
Fabíola, por outro lado, personifica um contraponto otimista e esperançoso, mas ainda assim permeado por dúvidas e vulnerabilidades humanas.
O estilo de “O Pescoço da Girafa” é marcado por uma linguagem rica e variada, alternando entre o rigor filosófico e descrições sensoriais detalhadas.
A prosa é introspectiva e, em muitos momentos, carregada de ironia.
A escolha de termos técnicos, especialmente em reflexões filosóficas e psicanalíticas, é contraposta por passagens mais simples e vívidas que descrevem cenários ou emoções, como no caso dos encontros entre Eugênio e Fabíola.
Esse contraste contribui para a imersão do leitor, que é levado a alternar entre a empatia pelos personagens e o desconforto diante de suas ações e pensamentos.