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“A impossibilidade de escolhermos as nossas memórias, de preservarmos o que queremos preservar e esquecermos o que gostaríamos de esquecer passa por este processo de aceitação (ou não) da perda do controle. Acho que se perguntássemos a qualquer pessoa se ele ou ela (ou etc.) gostaria de poder fazer uma seleção do que lembrar e do que esquecer, creio que ninguém seria capaz de rejeitar tal proposta. Infelizmente, a memória e o esquecimento possuem suas vias próprias. Às vezes, uma Autobahn, às vezes, uma estrada de terra batida, às vezes, um atalho e, às vezes, um beco sem saída. O ponto é que a escolha não nos pertence. Aceitar esse fato em particular leva-nos a pensar num outro patamar de aceitação: da vida, como um todo, como algo que nos foi presenteado, mas sem manual de instrução e sem controle absoluto. Possuímos escolhas até um certo limite, que é quando a vida nos lembra o que tentamos constantemente esquecer: que somos (neste contexto) finitos, que, muitas vezes, não podemos escolher os nossos caminhos ou atalhos e que ela, a vida, não se deixa controlar. Esquecer pode às vezes ser uma bênção, assim como determinadas lembranças podem ser consideradas uma maldição.”