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Vou ser sincero: isto não é uma epopeia. Nem tão pouco é sobre o Homem, ou homem com letra pequena. Antes, é a história de um rapaz que não vai ainda a meio do meio da sua vida.
Não tem cantos, nem é um poema só. Pelo contrário, são 100 poemas (mais uns trocos). Uns pequenos, outros maiores, e outros maiores ainda, sem qualquer ligação exclusiva entre si, nem mesmo um nexo que dite que o primeiro não deva ser lido depois do centésimo. O único fio condutor é o tempo. E a vida. O passar dos meses fechado num quarto, na própria cabeça, em luta acesa até à morte. Uma travessia do Inferno que reside no limite dos nossos sonhos por cumprir, quais fossos concêntricos dantescos. Dando uns passos atrás (3 para ser exato) acho que o título de epopeia já pode fazer algum sentido: ou não é a vida do homem, perdão, Homem uma viagem pelas maravilhas e terrores do mundo? Não tem ele que atravessar estreitos, esquivar tempestades, sofrer, amar, odiar, lutar, suar, sangrar, triunfar pelo caminho? Sim, certo é que há homens grandes, que se cantam e cujo nome soa bem nuns versos heróicos. Mas e o coitado de um poeta que leva uma tampa, não merece umas estrofes, com ou sem métrica, que ora rimam, ora não?
Eu acho que sim. E o que importa aqui é que escrevi o que achei que devia ser escrito. Criei. E mais que isso, não fiz nada.