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Serenidade
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Detalhe
Editora:
Chiado Books
Data de publicação:
2024-08-27
Páginas:
110
ISBN:
978-989-37-8436-5
Género:
Poesia
Idioma:
PT
Sinopse

PT: 

Como corre o dia-a-dia

com tanta tribulação,

muito bem nos faria

escutar mais o coração.

Ao deixarmos ser,

sim, ao confiar...

Verás, podes crer

que nada vai faltar.

Eis aqui textos pequenos

para um pouco parar.

Tens, ao ler, nada menos

do que poder respirar.




DE:

Weil die Tage

mit so viel Trübsal vergehen,

würde es uns sehr gut tun,

mehr auf das Herz zu hören.

Indem wir alles sein lassen,

ja, indem wir vertrauen...

Wirst Du sehen, glaub mir,

es wird an nichts mangeln.

Hier sind einige kurze Texte,

um für eine Weile innezuhalten.

Sie zu lesen, gibt Dir nichts Geringeres,

als durchatmen zu können.



Recensão Crítica aos livros “Dias Alegres e outras verdades” e “Seren(a)idade” de Daniel Coelho Lopes – por Leandro F. Martins

Dias Alegres e outras verdades” e “Seren(a)idade” do autor Daniel Coelho Lopes, são livros que chamam a atenção pelos títulos, e até pela capa, embora bastante simplista acaba por transmitir de imediato a mensagem que o autor pretende transmitir, já que a primeira apresenta um grande sinal de interrogação sobre (o) um “mundo”, e a outra faz apologias ao tempo efémero (idade que passa rapidamente), mas o que nos acaba por prender e surpreender é obviamente o seu conteúdo.

Abordando vários assuntos, quase possíveis de catalogar, podemos constatar que o autor vai alimentando-se de diversas matérias primas para compor os seus poemas, umas mais poéticas para tratar dos assuntos do coração, como por exemplo em “Farol” e “Bela beleza”, no livro Dias alegres e outras verdades, ou “Palavras” e “Toma parte da minha vida” em Seren(a)idade, poemas bastante sentimentais e poéticos como podemos verificar «Este tão bem querer, | esta forte sensação| de ter tudo a perder |confunde-me a razão», outras vezes, matérias primas mais sedimentares, mais simples e quotidianas, como vemos em “Inteligência artificial” e “Assistente virtual” e “Bom clima florestal” a abordar assuntos da atualidade. Recorrendo por diversas vezes a palavras de ordem para expor verdades cruas do mundo que o rodeia, destacaria esta veia mais interventiva do autor nos poemas “O fogo dá lucro”, ou “Da esquerda à direita”, “Lobby Big” e “Povo que te deixas levar” são, entre outros, poemas de forte componente e crítica política.


Como o autor nos avisa, no início do livro, podemos preparar-nos para sentirmos “um turbilhão de situações e emoções descritas em palavras (…)”. Recolhendo-se por vezes, a uma poética de nuances mais intimistas, ao explorar sentimentos como “Alegria, tristeza, desconfiança, culpa, medo, alívio, coragem, zanga e paz…” consegue dar um toque especial às palavras, que nos vão acolhendo e envolvendo a cada verso.

São livros que falam sobre o Amor? São. São livros que falam sobre Perdas e Sofrimento? Sim. São livros que falam sobre Redenção, Resiliência? Também.

Por abordarem tantos temas e sentimentos nos quais toda a gente se revê, o autor, à medida que nos brinda com os seus versos, vai tornando-nos cúmplices e ao mesmo tempo intervenientes naquilo que ele descreve. Cada leitor revê-se, à sua maneira, nas palavras, independentemente do percurso de vida de cada um de nós. Não temos necessariamente que passar, viver e experienciar a mesma coisa, tal como o autor as viveu, para sentirmos afinidades, pois há aqui relatos de angústias, expetativas, frustrações e pequenas vitórias, ou outras passagens e situações, nas quais todos nós nos identificamos por serem transversais e universais. Talvez por isso, vamos encontrando um pouco de nós em cada página.

Na minha opinião, o conjunto de poemas que compõem estes livros, por serem muitos, seria difícil analisar cada um individualmente, mas atendendo a um ou outro, para mim, são pequenos retalhos do quotidiano, retratando a sociedade atual, e uma consciência global do mundo que nos rodeia. Destaco os seguintes poemas, “Carreirinho”, “Ser tu”, “Ler” e “Raidingmaibaique” «Com outras motos não quero | com coisas sérias não brinco. | A todos vós sou sincero, | vou só na minha V5» onde muitas das nossas memórias são revisitadas, “Informação” é um poema com forte sentido crítico.

Muitos destes poemas poderiam ser meras conversas de café, entre amigos, falando do que lhes aconteceu nesse dia, ou de futebol, enquanto bebemos um copo que nos inspira a fazermos um “Poema para o vinho”, «Vinho tinto meu menino… | amadurece meu amor. | Ganha sabor e boa cor… | És meu bálsamo divino!» falando assim de preocupações mundanas, ou por vezes até, comentando questões politicas e sociais, numa crítica aguçada acerca dos problemas sociopolíticos atuais, “No trabalho”, para logo de seguida nos apresentar poemas mais intimistas e sensíveis, acerca do ser humano, da família do amor, “Vida de altos e baixos” e “Desilusão” e “Vida surpresa”, ou “Voar” e “Vou de novo”, através de sensações, descrições de espaços e memórias, despertam-nos a melancolia e levam-nos a viajar para as doces emoções da infância e do passado. Emoções que, umas vezes nos confortam, outras vezes nos confrontam, já que, este conjunto de versos que compõem estes livros, também nos obrigam a refletir, não só sobre o mundo, sobre os outros, mas essencialmente sobre nós, sobre aquilo que somos, sobre aquilo que queremos ou gostaríamos de ser, e principalmente do nosso papel como agentes integrantes e ao mesmo intervenientes numa sociedade cada vez mais disfórica que nos convida e obriga a que, cada atitude nossa, seja um ato refletido para a construção de um mundo melhor. Poderia escolher uma mão cheia de poemas em ambos os livros, para ilustrar esta constatação, mas vou deixar essa seleção a outro leitor, que queira fazer a sua interpretação pessoal. Estes livros foram uma agradável surpresa para mim, pela inegável capacidade poética que o autor tem para articular emoções nas palavras que elege para passar as suas mensagens. Houve obviamente poemas dos quais gostei mais, uns mais do que de outros, talvez também, porque me identifiquei mais com estes do que com aqueles, isto porque os temas são muito variados e porque falam muito de “gente”, de questões existenciais, de revolta, de resistência e resiliência, amor, dor, privação e religião. Falam essencialmente do que mais me cativou, falam desses pequenos nadas do quotidiano, que, por vezes, podemos apelidar de banalidade do dia a dia, banalidades que afinal nos fazem rir ou chorar, que nos tocam e que são tão importantes, já que são estas pequenas banalidades que dão o verdadeiro sentido à vida. Também o facto de o autor usar uma linguagem simples, mas cuidada, torna estes, livros de leitura fácil e agradável. “Vai à feira” e “O filho da p…” e “Vírgulas” através de uma sátira cómica, por entre “Elementos” e “Família” revemos o que de mais importante há, a família, a família que nos sustem e está sempre, ou deveria estar, ao nosso lado, nos sonhos e nas lutas para os conseguirmos alcançar, através da resiliência e determinação e muito trabalho.

Princípios e valores do autor são evidentes em “Oração”, por exemplo remetendo-nos para uma vertente mais espiritual.


Escolher o poema “Gratidão” para encerrar o livro “Dias alegres e outras verdades”, também me pareceu uma boa escolha do autor, já que, a gratidão é o caminho certo para se encontrar a felicidade. Agradecer cada bênção diária é um gesto nobre, porque é a gratidão que nos abre os olhos para o que temos, tirando o foco do que nos falta, e dessa forma percebemos também, que não há nada, nem ninguém, que nos impeça de sermos felizes e realizarmos os nossos sonhos. Terminar “Seren(a)idade” com música, para alegrar a alma, também foi uma excelente surpresa, mostrando o talento multifacetado do autor e a sua versatilidade, e na minha opinião, também o facto de haver poemas bilingues valorizam ainda mais os livros.

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