Wálter Aquino é um homem abalado pela tragédia em que sua vida se transforma. Acometido de enorme crise depressiva, interna-se, voluntariamente, numa clínica, onde é acompanhado pelo doutor Sanches Mebronte.

Durante sua estada, cria, em sonhos, um alterego, André, que, embora de temperamento idêntico, vivencia todos os seus dramas e recalques de uma forma mais audaciosa, escrevendo roteiros para cinema e permitindo-se viajar, conhecer pessoas, etc., até ser abalroado por uma crise profunda, durante um voo internacional, e acordar outra vez como Wálter, para a dura realidade...

Perto de sua alta da clínica, e, durante o Carnaval que se aproxima, Wálter é convidado pelo doutor Sanches, recém-separado, para acompanhá-lo num retiro.

No decorrer do retiro, outros personagens vão, paulatinamente, assumindo o protagonismo da história e , atravessado pelas alegrias e tristezas, ambiguidades e contradições deles, vai-se diluindo em Wálter aquele pessimismo absoluto e, mesmo que de uma forma precária, pelo menos a ideia de novos horizontes serem possíveis é encarada de uma forma mais leve, num clima ora de muito erotismo, beirando a escancarada pornografia, ora de muita filosofia, humor cáustico e divagações vagas a respeito de tudo, e , finalmente , muitas descobertas.