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“O único vestígio da presença de Jacinto naquela noite, naquele sítio remoto do Alentejo, debaixo daquela imensidão de céu, era a lanterna e a enciclopédia das constelações, simples objectos caídos, coisas sem vida, em cima das telhas ainda mornas…”
“O ambiente naquela casa definitivamente dava-me arrepios. Era como se aquelas quatro paredes tivessem vida própria, tivessem um ADN próprio, e fossem com o meu medo uma parte integrante dela – chão, paredes e quadros deram-me arrepios, há algo aqui que vive, há algo aqui que nos envolve e asfixia. O medo e a tristeza revestem as paredes desta casa sob a forma de papel de parede.”
“Subiu cada degrau diante de mim com toda a graciosidade do seu corpo feminino em contraluz vinda das janelas que davam para o pátio interior, que destacava ainda mais as formas do seu corpo. Despertava em mim uma angústia, ansiedade e desejo há muito não sentido. Junto da porta do meu quarto ficamos a olhar um para o outro a sorrir, tocou-me no rosto, beijou-me a face e despediu-se com um doce até amanhã – durma bem!”