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O caminho que Joaquim de Matos Pinheiro escolheu é o caminho do Amor, nas suas inúmeras variáveis, mas sempre igual a si mesmo.
O Amor onde não importam as mágoas e angústias que se revelam perante os nossos olhos, entrelaçando e envolvendo como que num abraço apertado e que folha a folha os nossos olhos vão avidamente à procura de mais… sempre mais.
Acabamos sempre na verdade do sentimento, numa verdade que apesar de dura nos encanta, porque é verdadeira, porque identificamos quase como nossa.
Ana Maria Lopes
(Investigadora da Sociedade Histórica da Independência de Portugal)
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A minha vida conjugal passou a ser uma espécie de conflito aberto e inconciliável entre um cidadão europeu, cristão e católico, e uma cidadã macaense de ascendência chinesa, que não perdeu as suas influências orientais, apesar de ter sido cristianizada pela ação colonizadora dos portugueses, para o qual parecia não haver, como de facto não houve, uma saída que não passasse pelo fim do relacionamento e pela separação.
Depois destas experiências amorosas – cada qual me parecendo ser, à partida, a última e a definitiva – o que restou para mim, afinal?
Restaram, pelo menos, desilusões e um profundo e vincado sentimento de fracasso e frustração!
Excerto do último capítulo de “Cinzas”