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Porque um amor saudável, pleno, completo, tem que ser único, comum de dois, sentido igual, vivido igual. Não se pode ser um todo composto de duas partes, ou pode? Se houver duas partes há (talvez) dois amores? É outra coisa... pior, melhor, alguém sabe? Mas não um só, inseparável, incontrolável, forte mas frágil, sem fim e condenado a acabar, como a vida, como todos nós. Tão leve, que vem um vento não se sabe de onde e que não se sente, que o divide, leva uma parte e fica o resto, sangrando, ferido, incompleto, sem par, sem filho, sem casa, sol nem lua, sem chão, sem raiz. Sem futuro. Enquanto é, são caminhos de luz brilhando no gelo e sinos de água tocando no verde da folhagem, são ternuras de animal recém nascido, o nosso doce favorito nas torradas da manhã, enquanto se engole um poema com uma chávena de Earl Grey e se estende a mão para tocar outra mão que se sabe onde está sem ter que abrir os olhos. E um dia já não está, mesmo abrindo os olhos e olhando o mundo, o mundo todo, inteiro.