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À sua frente, bem como atrás de si, nada mais além da escuridão. Mas de alguma forma ele sentia que não estava verdadeiramente sozinho, parecia-lhe que algo mais estava ali. Sentiu então a presença de mais alguém, ou alguma coisa. Olhou para trás e viu uma forma humana, envolta nas sombras e que rapidamente ele viu que essa figura não estava só encoberta pela escuridão, ela própria fazia parte das sombras que ali reinavam. Nico conseguia ver um ténue contorno e percebia-se aos seus olhos uma forma algo selvagem de um ser humano, cabelo grande, rebelde e desgrenhado, alguma da musculatura bastante desenvolvida e imponente. Mas o que mais o surpreendeu foram os olhos daquela figura, completamente vermelhos. Olhou directo nos olhos de Nicodemus e ouviu-se um ligeiro riso de desprezo. - “Tu sabes quem eu sou, precisas constantemente de mim, porque não me deixas ajudar-te? Da mesma forma como já precisaste do meu auxílio antes.” - Não, nunca mais irei cometer o erro de satisfazer os teus desejos, nem te darei oportunidade para te libertares e tomares controlo de mim. A sombra colocou a sua mão negra no pescoço de Nico, num movimento rápido e forte. E apertou, cada vez mais e mais. Nicodemus sentia a pressão que aquela mão fazia, agora de cor escarlate. Facilmente ele poderia sucumbir perante tal oponente, mas de alguma forma ele sabia que isso não iria acontecer. - “Quem pensas tu que és? Não passas de uma carcaça amedrontada e patética. Eu é que sou a parte poderosa entre nós os dois. Eu é que nos mantive vivos estes anos todos. Admite, sem mim, tu não és nada! Não tens capacidade nem instinto para sobreviveres, para te ajudares a ti mesmo, quanto mais para ajudar quem quer que seja!” Nicodemus agarrou no braço da sombra que lhe apertava o pescoço, com a sua mão esquerda e com a direita imitou o seu oponente, colocou-a na garganta do seu adversário. - Eu já te controlei e prendi há muito tempo, não vou deixar que voltes, não vou permitir que me roubes a alegria de viver, não quero viver com medo do que possa acontecer a mim e aqueles que me rodeiam... NÃO VOU!