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Algumas pessoas perguntarão se vale a pena ler mais três capítulos de mentiras sobre a nossa vida pessoal ou coletiva? Valerá a pena perder mais algum tempo da nossa vida a ler sobre o medo que nos guia todos os dias para que tudo continue na mesma e para que nos sintamos felizes por estarmos vivos? No início do século XXI, e na Europa, em que se não pode pensar demasiado, nem questionar além de certas linhas, aprendemos, ainda jovens, que temos toda a liberdade do mundo e o direito de fazer todas as críticas. No entanto, quem observe com alguma atenção as nossas atitudes e o nosso comportamento quotidiano, vê que o pensamento único e conveniente domina as consciências e a vida de todos e de cada um. Assim, talvez seja necessário acordar ou despertar e refletir sobre o que fazemos com a nossa vida e a nossa consciência. A reflexão que se faz com esta obra sobre três das instituições fundamentais do nosso país tem como objetivo abrir caminhos e tirar a poeira do caminho. Assim, importa refletir sobre a política e os seus atores, os seus discursos e as suas práticas, mas também sobre a manipulação, a mentira lúcida e aceite como verdade, na falta de melhor. Importa tomar consciência da guerra e da instituição militar, que tudo pode e tudo faz e que pode destruir indivíduos, sociedades e mundos, sem apelo, nem agravo, nem retorno. Importa também refletir sobre os centros de pensamento e de formação da consciência individual e coletiva superior, as universidades, que nos abrem portas mas nos fecham caminhos, e que nos atiram muita poeira para os olhos em nome do bem-estar da nossa vida coletiva e da estabilidade das nossas consciências. Então, perguntarão alguns, cheios de liberdade e de consciência crítica: o que é que é mesmo necessário? É necessário abrir brechas, criar novos mundos e partir para novas experiências individuais e de vida. Desafio difícil, não é? Mas, afinal, o que é que se pretende? Por certo o que todos desejamos, ou não? A melhoria do nosso próprio comportamento e das nossas atitudes para tornar a nossa vida individual e coletiva mais digna para nós e de ser vivida para todos.