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Pouco se sabe, mas, Antero de Quental, aprendeu esgrima, mas nunca o mencionou, soube-se, certo dia, numa carta de 1866, referenciando que se distinguia. Depois, abandonou esta modalidade e, em Coimbra, a moda, melhor dizendo, de 1863, Antero de Quental, teve contacto com uma Cadeira na Faculdade: «O ideal da Índia na Idade Clássica»: Aqui, toma contacto com a elegância intelectual de Zen-Avestha, Niebelungen. Antero de Quental tinha uma força maior; quando se suicidou, lamentavelmente, tinha dois livros, na sua biblioteca, de El Ingenioso Hidaldo Don Quijote de la Mancha, de versão original. Antero foi místico, aliciou Fernando Pessoa à escrita heterodoxa, para ele, Deus, era um efeito. Foi ao Panteísmo e ao Budismo indagar o sofrimento humano e reparou, no entanto, que somos predadores de nós mesmos, criou-lhe pessimismo. Para ele, Antero, a maioria das pessoas viviam de espadas e capas. Abandonou, já no fim da vida, a ideia de federalismos, achava que as coisas destoem-se com o tempo, pelas ilusões e pelos materialismos. Estes e outros aspetos, Juan Valera, refere-se a Antero de Quental como o maior pensador português de sempre, como o referiu de «sinceridad misma». Antero reparou que, Camilo Castelo Branco, é que trouxe o desespero aos portugueses, ele mesmo, também, se suicidaria, ficou cego e não aceitou! Antero queria moralizar o mundo! Tornou-se humanista, dava esmola aos pobres, dançava com as crianças, com as perdas sofridas. A religião de Antero e a sua reflexão social vinham do tédio e da angústia, das utopias. Antero queria transplantar a crise em amor. Vítor Nemésio afirmará, mais tarde, que Antero foi o único amigo dele, dos nossos dias. Oliveira Martins disse, sobre Antero, que, poderia ser São Francisco de Assis ou São Bento, era um homem bom.