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Este livrou nasceu da minha vontade de brincar de Luis Fernando Veríssimo, que, para mim, é o maior dialoguista (se é que a palavra existe) da nossa literatura de crônica. Na primeira parte da obra, você encontra mais de 70 diálogos imaginados sobre situações do cotidiano — alegres e tristes, cômicas e trágicas, quentes e frígidas, gordas e magras, devotas e pagãs, políticas e apolíticas, digitais e analógicas, de vida e morte etc. Já na segunda, os diálogos são reais, travados por aí. Em um momento no qual as pessoas se falam muito e conversam (dizem-se) pouco, em encontros intermediados por telas, redes sociais, messengers e zaps de toda sorte, estes diálogos — assim como quaisquer outros que lhe venham à veneta — podem ser convites a imaginar e curtir uns poucos minutos que sejam longe da artificialidade que, cada vez mais, permeia nossas relações.