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Cinco histórias sobre a amizade e o desamparo de jovens soldados abandonados à sua sorte durante os horrores da guerra em Moçambique.
“Em mim ficaste gravado para sempre, tal como as nódoas negras que na altura me marcaram, e de ti me recordarei com saudade até ao fim”. (“Mariano”)
“Foi nesse momento que reparei na mão decepada que se encontrava no chão a escassos metros de nós (...). Olhando à sua volta com uma expressão de desinteresse no rosto, o velho negro acenou lentamente com a cabeça. ‘Deve haver mais,’ disse ele por fim. ‘Não tinha reparado nessa”. (“Mãos Perdidas”)
“Olhando em silêncio para selva à sua frente, Daniel (...) aceitou o cigarro que o soldado lhe oferecia, agradeceu, cerrou os olhos, chorou e não fumou.” (“O Acampamento”)
“Olha, (...) fica com isto,’ disse ele, retirando algo do pulso. ‘Foi a minha mãe que me ofereceu antes de morrer. (...)É tudo o que me resta dela, mas a ti te ofereço por me teres salvado a vida. Estou certo de que ela faria o mesmo se aqui estivesse.” (“A Pulseira”)
“E foi assim que meia hora mais tarde, agarrado à sua bola de futebol (...), Yuri me deu um longo e forte abraço. ‘Obrigado, Afonso!’ disse ele com lágrimas de alegria nos olhos. ‘É o dia mais bonito da minha vida!” (“Yuri Moçambique”)


























