Ano de 1964, na capital portuguesa um jovem, desenrai­zado e só, procura orientar a sua vida. O meio citadino que encontra é duro, impessoal e muito diferente do da sua aldeia natal beirã, quase parada no tempo, a estrati­ficação social é vincada e, inseguro e mal refeito da ex­periência do serviço militar, tenta adaptar-se, procura a estabilidade económica em nova colocação profissional e o equilíbrio emocional no amor de uma mulher.

Neste ambiente, o desígnio de um Portugal rural, profun­damente religioso, imperial e pluricontinental colide fron­talmente com a evolução histórica, o país caminha para o futuro em marcha atrás, quando por todo o mundo se afirmam tendências de que não quer ouvir falar.