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Que dizer desse poeta? Que dizer do poeta que sinaliza o sentido da vida expressando, através das palavras, tudo aquilo que não conseguimos perceber ou definir sob o olhar limitado e acanhado do que se convencionou chamar de mundo real? Sua lógica é ilógica, sua concretude é imaginária, seu normal é insólito, seu comprometimento é com o imaginário, os sentimentos e as emoções que desperta em cada leitor ao contato com sua arte. Dentro dessa proposta, ele se traveste de múltiplas faces, se desconstrói e metamorfoseia e, a cada nova obra, nos surpreende com o seu talento brilhante e indiscutível.
Em “Versos Curtos”, Fernando Pellisoli, abdicando, de certa forma, do papel de “poeta da loucura”, desnuda-se, mostrando-nos o outro lado: sua nova fase poética, menos erudita.
Sua definição de poesia: “A poesia é a alma humana revestida de asas angelicais.” remete-nos à uma transcendência absurda!
Lançando essa obra, reinventa-se e reafirma o seu profundo comprometimento com a arte, com o belo e com o Divino. Passa do complexo e do ininteligível para o singelo e inteligível com uma maestria que somente às mentes brilhantes é dado realizar.
Rosangela R.S.
Acadêmica em Letras