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Uma vista aérea de Lisboa mostra uma cidade, serenamente alapada na margem direita do Rio Tejo.
Somos levados a pensar que todas as tragédias sofridas ao longo dos séculos a reprimiram e colocaram num manso repouso.
O Terreiro do Paço não esqueceu a catástrofe de 1 de novembro 1755 e o Cais das Colunas parece a sentinela, sempre atenta a alguma maldição que venha Tejo acima.
As Sete Colinas olham as nuvens e aparentam estar vigilantes e preparadas para dar o alarme, quando elas escurecerem e carregarem o prenúncio de uma tragédia semelhante à de 25 de novembro de 1967.
Estará o Chiado atento e mais bem preparado para dominar uma calamidade, como a de 25 de agosto de 1988? Lisboa, a cidade martirizada, carrega o peso da saudade, do mito sebástico e expressa o seu desalento num fado chorado em tom menor para purgar as desditas do passado.
Lisboa – Cidade de Tragédias, um relato de um pretérito de reveses que caíram sobre uma cidade vetusta e ufana da sua história.
Pintomeira, não sendo um historiador, também não pretende considerar este um livro de História.
Discorre, no entanto, sobre episódios da história de Portugal, respeitando a factualidade, mas narrando de um modo pessoalizado.
Uma homenagem do autor a Lisboa, agora distante, mas que ele guarda consigo.